Você já ouviu falar em mapa de risco na construção? Sabe do que se trata este importante documento? Se ainda existem dúvidas sobre este assunto, então não deixe de acompanhar o nosso guia completo de hoje. Pois nele vamos lhe apresentar tudo que precisa ser considerado na hora de elaborar um mapa consistente. Continue lendo e entenda.
O que é um mapa de risco?
Antes de qualquer coisa, é muito importante que possamos entender o que é um mapa de risco, para que assim, saibamos como ele funciona e qual a melhor forma de desenvolvermos o mesmo.
Desse modo, o mapa de risco na construção nada mais é do que uma forma de sinalizar os locais de trabalho que possam apresentar possíveis riscos à saúde e a segurança de quem ali circula. Este tipo de documento foi criado em 1960, mas, em nosso país, passou a ser obrigatório e regulamentado apenas em 1992.
Dessa maneira, a NR5, que diz respeito a uma Norma Regulamentadora, tem como objetivo primordial prevenir acidentes laborais. Com isso, a elaboração do mapa considera pontos minuciosos e procedimentos que precisam seguir à risca para que se compreenda a dimensão dos mesmos.
Assim, para elaborar um mapa o profissional que o preparar deve fazer um reconhecimento de todos os ambientes de trabalho e compreender tudo que acontece no dia a dia da empresa. Além disso, é necessário que haja uma representação gráfica, como se fosse uma planta de casa, de todos os locais em que haverá profissionais circulando.
Outro ponto que deve ser considerado são todos os materiais, equipamentos, ferramentas e utensílios que são utilizados na execução de todas as tarefas. Afinal, estes materiais também podem apresentar riscos de acidente e riscos para à saúde.
Vale lembrarmos que estes itens deve ser representados de uma maneira estratégica na “planta”, sendo que deverão aparecer nos ambientes em que serão utilizados, destacando o risco de cada um deles.
Ao longo do processo de desenvolvimento do mapa de risco na construção, a representação gráfica há de se dar a partir do uso de círculos de diferentes tamanhos e cores. Estes círculos têm como objetivo informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização dos mesmos.
Em resumo, portanto, este mapa organiza todos os possíveis riscos que podem existir no ambiente de trabalho, e com isso diminui-se as chances de ocorrerem acidentes.
Como fazer um mapa de risco na construção?
Saber como fazer um mapa de risco na construção é muito importante, e isso já ficou claro. De todo modo, é preciso compreender como fazê-lo de forma adequada, a fim de gerar bons resultados e verdadeiramente manter-se a segurança dos trabalhadores.
Para tanto, veja o passo a passo a seguir e aprenda a como fazer:
1- Conheça todo o processo de trabalho
O primeiro passo será analisar todo o processo de trabalho, incluindo questões como materiais, atividades prestadas e até mesmo tudo sobre os trabalhadores, para que assim haja um planejamento minucioso que considere todas as contingências.
Dessa maneira, você deverá mapear as seguintes informações:
- Dos trabalhadores: Sexo, idade, treinamento, área de atuação, saúde, jornada de trabalho, habilidades/ funções, etc;
- Todos os instrumentos e materiais do trabalho;
- Todas as atividades que serão exercidas ao longo da construção;
- Descrição do ambiente.
2- Identificar as medidas preventivas
Conhecendo todo o processo de trabalho, torna-se viável compreender todas as medidas preventivas que poderão ser tomadas de antemão. Para que assim se mantenha um fluxo que preserve a segurança de todos que circularem pelo ambiente. Veja, portanto, o que deve ser considerado nesta etapa:
- Medidas de proteção coletiva;
- Identificar medidas que possibilitem a organização do trabalho;
- Medidas de proteção individual;
- Medidas que considerem a higiene e o conforto: lavatórios, vestiários, refeitório, banheiro, etc.
É preciso identificar tudo que possa ser feito para garantir as medidas acima, a fim de gerar, inclusive, conforto para todos os trabalhadores.
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3- Identificar indicadores de saúde
O terceiro passo de desenvolvimento de um mapa de risco na construção é compreender os indicadores de saúde dos mesmos. Considerando as:
- Queixas recorrentes e comuns entre os trabalhadores, que estão expostos aos mesmos riscos. Assim, é possível mapear o efeito de cada produto químico, por exemplo.
- Acidentes de trabalho que já aconteceram, como aconteceram e porque aconteceram.
- Doenças profissionais que já foram diagnosticadas, reconhecendo sempre a área de atuação do profissional e a possível relação.
- Causas mais frequentes de ausência no trabalho, a fim de compreender se o serviço pode estar relacionado com as faltas e como prevenir este problema.
4- Conhecer os levantamentos ambientais já realizados
Feita todas as anotações necessárias e que foram destacadas no decorrer deste artigo, é chegado o momento de conhecer todos os levantamentos ambientais já realizados no local. É preciso que a CIPA faça uma reunião que sirva como meio de examinar cada risco identificado na visita à área ou setor em questão.
Dessa maneira, é feito a classificação dos perigos existentes, de acordo com o agente que provoca este risco. É feita também a determinação do grau do problema, considerando o tamanho pequeno, médio ou grande da figura em forma de círculo. Sendo assim, põe-se os círculos na planta e há a representação de riscos destacada.
Todos os riscos serão caracterizados com o uso de cores e círculos. E o tamanho de cada figura representará, no entanto, o grau de risco da mesma.
Sendo assim, é importante que os tamanhos e as cores sejam correspondentes aos graus e tipos, sendo colocado na parte do mapa que corresponde ao lugar onde determinado problema pode existir.
Mas, e se houver diversos riscos em um mesmo ponto? Como deverá ser feito? Bem, para isso um único círculo pode ser utilizada, com cores divididas dentro do círculo. Porém, se houver diferença no grau dos riscos, é necessário que haja um específico para cada.
Veja, na imagem a seguir, a especificação de cores e tamanhos:
5- Construção do mapa propriamente dito
Com todo o mapeamento anterior feito, é hora de se construir o mapa propriamente dito. Para isso, utilize a planta do ambiente de trabalho e vá mapeando todos os riscos. Este mapa precisa ser do conhecimento de todos os envolvidos, pois somente assim será possível garantir a segurança na obra.
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