Fundação da obra: Como é feito? Conheça os Tipos

A fundação da obra é uma importante etapa em qualquer tipo de construção. Isso porque toda a estrutura se dará a partir da mesma e, portanto, é necessário que seja forte e firme o suficiente para não ocasionar impasses mais tarde.

Desse modo, é preciso compreender como ela é feita e quais são os principais tipos de fundações. Assim é possível estabelecer um plano muito mais coerente e qualificado. Acompanhe e entenda.

Como é feita a fundação da obra?

Na verdade, não existe um único passo a passo de como é feita a fundação da obra. Isso porque, em termos práticos, podemos dizer que toda obra se iniciará pela fundação. Porém, cada qual contará com um tipo em específico, que se adéque às necessidades daquele projeto.

Trata-se de uma parte estrutural que ficará abaixo do solo. E é justamente por isso que depende do gênero do solo e, inclusive, das características do solo onde a obra será executada de fato. A fundação é responsável por garantir a segurança e estruturação de toda a obra.

Em uma fundação com sapata corrida, as etapas serão as seguintes:

Escavação: É preciso que seja feita a escavação no terreno, considerando todas as medidas do projeto. Feita a escavação, é preciso fazer a compactação do fundo, além de aplicar concreto magno para gerar uma fundação adequada.
Armação: Em seguida, é preciso posicionar as armações de aço com os ferros e dobras voltados para cima. Lembre-se de isolar o aço do solo, tendo em vista que um nunca deve tocar o outro. Depois é só fixar as colunas de aço dos arranques ou dos pilares e manter a certificação de que as colunas dos arranques estão devidamente aprumadas.
Nivelamento: Depois de pôr em prática os passos anteriores da fundação da obra, é hora de fazer o nivelamento. Para isso, precisa-se colocar tábuas de madeira para dar o formato às sapatas corridas.
Aplicação do concreto: Por fim, é só aplicar o concreto na sua sapata corrida e aguardar que o mesmo seque. Lembrando que quando o mesmo secar, não pode aparecer o aço e nenhum furo que leve até o aço, ok?

Com estas etapas concluídas, você já terá um tipo específico de fundação. Aprenda agora quais são as outras alternativas disponíveis para você:

Tipos de fundações

Agora que você já sabe como é feita a fundação da obra, é hora de se atentar para os tipos disponíveis. Abaixo dividimos em fundações superficiais e profundas, cada qual com suas especificidades e indicações.

Fundações superficiais

No caso das fundações superficiais, a carga é transmitida ao terreno, predominantemente pelas pressões que serão distribuídas sob a base da fundação. A profundidade que é feita na escavação não ultrapassa 3 metros e, dessa maneira, são utilizadas para cargas leves, como residências, ou no caso de solo firme. Neste tipo de fundação incluem-se as sapadas, bloco, radier e viga de fundação.

Sapata: A sapata nada mais é do que um elemento feito de concreto armado, sendo ela retangular ou trapezoidal, dimensionado de uma maneira que faça com que todas as tensões que se produzirem no mesmo sejam resistidas pela armadura, ao invés de depositar a pressão no concreto em si. A sapata associada receberá vários pilares, cujo os centro não estarão no mesmo alinhamento, enquanto que a sapata corrida recebe a carga distribuída de uma maneira mais linear.
Bloco para fundação: Este tipo de bloco nada mais é do que um elemento de base retangular ou quadrada que possui elevação parecida com a de um pedestal. O mesmo absorve a carga, distribuindo sem haver a necessidade de investir em uma armadura.
Radier: Este, por sua vez, parece uma placa que abrange toda a área da construção, recebe assim a carga por completo distribuindo a mesma diretamente no terreno.
Viga de fundação: Por fim, temos também a viga, feita a partir de vários pilares, com centros no mesmo alinhamento, para gerar sustentação e absorção adequada das cargas.

Basicamente, estas são as fundações superficiais. Elas não necessitam de um aprofundamento maior, tendo em vista o suporte do terreno em si. Veremos agora as profundas.

Fundações profundas

Vamos agora saber um pouco mais sobre as possibilidades de fundações de obra que sejam mais profundas e necessitem de cuidados extras. Neste caso, são elementos que transmitem a carga ao terreno pela base, pela superfície lateral ou ainda com a junção das duas possibilidades.

Costumam ser utilizadas em casos de projetos maiores e que necessitam de uma alvenaria estrutural muito mais resistente e profunda. Por exemplo, no caso de edifícios e empreendimentos de alto porte. Isso porque os esforços do vento também são consideráveis e nos casos onde o solo só atinge resistência suficiente quando há grandes profundidades, ou seja, maior de 3 metros.

Nesta opção de fundação da obra, existem três tipos comuns, sendo eles as estacas, tubulões e os caixões. Veja como funciona cada um deles:

Estacas: Este elemento é executado inteiramente com o uso de ferramentas e equipamentos específicos, e assim, o operário não precisará descer para pôr em prática a preparação. As estacas apresentam um comprimento imenso, tendo seções transversais pequenas, podendo ser de aço, concreto pré-moldado, concreto moldado, misto ou madeira.
Tubulões: Neste tipo de elemento o mesmo apresenta-se em forma cilíndrica, em que pelo menos na etapa final, o operário deverá descer. O mesmo pode se apresentar em concreto, aço e ainda com ou sem revestimento. Vale ressaltarmos que pode ser preparado em céu aberto ou sob ar comprimido.
Caixões: Por fim, temos os caixões, sendo estes, por sua vez, elementos em forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação feita no modo interno. Sua base pode ser tanto alargada, como não, além de poder ser utilizado sob ar comprimido.

Escolha a fundação da obra adequada

Agora que você já conheceu os tipos de fundação e como é feita, é hora de escolher a mais adequada para o seu caso e investir em uma estruturação eficiente e de qualidade. Lembre-se de sempre considerar o suporte de um profissional no caso de dúvidas, ok? Assim você garante a segurança na obra e a otimização.